Avaliação: Nova Ranger!
A Ford não ficou para trás na briga das pickups médias. Novidades como Amarok e Nova S10 logo ganharam a companhia da Nova Ranger, modelo que tem sido aclamado como o melhor da categoria em alguns aspectos. A Ford diz que sua Ranger é global, e que ela é inteiramente nova. Será que ficou melhor?
Avaliamos por uma semana uma Ford Ranger XLT movida a diesel e equipada com câmbio manual, o que é interessante para nossas avaliações, pois as outras pickups e também utilitários diesel que testamos sempre eram das versões topo de linha e tinham câmbio automático.
Esta é a versão intermediária do modelo, que também tem as versões XLS e Limited. O preço é de 117.400 reais por essa exata configuração, excluindo-se a pintura perolizada azul, que adiciona 1.800 reais ao preço de tabela. Começando pelo visual da Nova Ranger, vemos que ela ficou mais esportiva, sem dúvida.
Na frente, ao mesmo tempo que seu design é bem amigável, é também robusto e moderno. E a traseira é bem imponente. Para acompanhar essa modernidade toda, motores também novos. Temos um 2.5 Flex e um 3.2 turbodiesel de 200 cavalos e ótimos 47,9 kgfm de torque. Este motor conta com cinco cilindros, e se provocado dá alguns coices bem fortes.
Nova Ranger – Impressões do interior e qualidade de acabamento
O interior da Nova Ranger é totalmente diferente do interior da sua geração anterior. Os detalhes ficaram mais modernos e o interior como um todo se assemelha muito ao que temos em um carro de passeio. Podemos até mesmo afirmar que neste sentido a Nova Ranger está um passo à frente de suas concorrentes.
Apesar de não exibir nenhum requinte adicional em comparação com o interior das pickups que competem com ela, a Nova Ranger tem um painel com visual amigável, volante com boa empunhadora e controles do sistema de som/controlador de velocidade, quadro de instrumentos com uma bonita iluminação azul e uma tela de LCD no centro.
A versão XLT não tem aquela tela de 5 polegadas que mostra imagens da câmera traseira de estacionamento, ao invés disso tem um visor de 4,2 polegadas que fica desproporcionalmente pequeno no local que lhe foi designado. Achamos que o sistema de som poderia ter uma qualidade sonora melhor, e os controles dele são um pouco confusos – até mesmo para sintonizar manualmente uma rádio FM requer um pouco de prática para quem nunca mexeu naqueles botões.
Achamos que o acabamento está na média de pickups que residem na faixa de preço de pouco mais de 100.000 reais. As portas tem belas (porém não muito práticas) maçanetas prateadas, um detalhe cinza que acompanha o puxador e a área de descansa-braço. Ali, o acabamento é legal, com um material macio. Os botões dos vidros elétricos que ficam neste local poderiam ser colocados um pouco mais para a frente pois fica um pouco ruim para acioná-los.
Vários porta-objetos fazem com que fique um pouco mais fácil a vida de quem anda em uma Ranger todos os dias. As portas também são grandes e fornecem um bom espaço para o entra e sai do dia-a-dia.
Assim como a versão XLT não tem a tela maior no painel, com câmera de ré, ela também não tem bancos forrados em couro e regulagens elétricas do banco do motorista. Isso é reservado para a versão Limited. Mas pessoalmente vejo algumas vantagens em carro com bancos em tecido, parece que eles ficam um pouco mais confortáveis e aconchegantes assim.
O banco traseiro tem encosto com uma certa inclinação, dando conforto aos ocupantes. Com o banco do motorista ajustado para uso de uma pessoa de 1,80 metro de altura, atrás cabe uma pessoa do mesmo tamanho tranquilamente, até mesmo com um pouco de folga. É possível levar três pessoas sem muito aperto.